domingo, 25 de dezembro de 2016

雌犬海辺

   CAPITULO VII- Mah and Yan

 YAN 

Parado na rua e com as mãos no bolso vejo o uber de Mah se afastando, a gélida brisa castiga meu rosto e braços, o contraste do calor de Mah e o frio que agora sinto em meu peito quase dói, o clima está perfeito e as únicas coisas que melhorariam esse dia seria chuva e a Mah ao meu lado novamente. Quando o uber enfim vira a esquina e deixa de ser visível eu começo o meu caminho para meu apartamento, lentos passos por falta de foco, minha mente envolta em um turbilhão desordenado de pensamentos sobre como nossos encontros eram tão perfeitos e em como Mah ficará longe algum tempo, tempo demais. No meio do caminho eu paro, tiro um cigarro e o fumo, eu preciso pensar um pouco e fumar ajuda muito com isso. O cigarro finalmente acaba e eu chego em casa, fecho a porta atrás de mim e vou para o quarto, o perfume de Mah impregna minhas narinas no segundo que entro, era um odor suave mas intenso, se é que isso faz sentido, era quase como se ela estivesse a alguns centímetros de distância. Eu quebro meu transe e me deito, a cama está relativamente quente, é realmente um deleite ficar assim, abro a blusa social que eu estava usando, abro a janela e pego o celular para ouvir músicas esperando pela mensagem de Mah ao chegar em casa. Algum tempo se passa, 9 ou 10 faixas musicais, as músicas agora não passam de um plano de fundo para meus pensamentos até que ouço o som da notificação de Mah, me ajeito na cama de forma a ficar sentado contra a cabeceira e checo a mensagem. 
12:50  MAH: Oii                        
12:50  YAN: dormiu bem?                        
12:52  MAH: Sim, e você chegou a dormir?                        
12:52  YAN: Não                        
12:52  YAN: Mas eu te esperei                        
12:55  MAH: Não está cansado?                        
12:56  YAN: Nope                        
12:56  YAN: Bom, sim                        
12:56  YAN: mas eu sempre estou cansado                        
12:56  MAH: Então devia dormir mais                        
12:57  YAN: Será?                        
12:57  YAN: Musica de suspense                        
12:58  MAH: Kkkkkkk bobo                        
13:01  YAN: Nah, eu até que durmo bastante, você só não vê por também estar dormindo, como acha que eu apareço em seus sonhos?                        
13:02  MAH: Já ouvi falar que quando as pessoas sonham uma com as outras significa que a mesma está na mesma sintonia mas isso é um pouco aleatório demais                        
13:02 YAN: Acho que sim                        
13:02 YAN: Mas                                                
13:03 YAN: Mas é mais legal pensar desse modo do que "É o seu cérebro processando as informações adquiridas durante o dia e separando o dispensável do importante."                        
13:04 MAH: Sim!! Mas sempre esquecemos do que sonhamos...então isso seria o dispensável ?                        
13:06 YAN: Nós esquecemos pelo simples motivo de que sonhos são exatamente como a realidade para seu cérebro, se ele não apagasse o que você sonhou você teria sérios problemas, sonhos seriam como meus surtos, n mto legais e não ajudariam muito                        
13:15 MAH : Bom, se eu me apegasse ao sonho que tive acho que seria bem feliz                        
13:16 YAN: Só que vc pensaria era real, ai por exemplo, no seu sonho vc fez as pazes e virou a melhor amg da pessoa que mais te odeia                        
13:16 YAN: Vc acharia que isso aconteceu de verdade, mas aconteceu                        
13:16 YAN: Só q vc n sabe disso                        
13:16 MAH: Na verdade eu não entendo como tudo tá com seu cheiro por aqui, minha mãe saiu pra comprar algumas coisas, acordei meio sozinha aqui                                              
13:19 YAN: E isso sem eu ter sequer chegado a ir aí, meu quarto, sim, está impregnado com o seu perfume                        
13:20 MAH: Kkkkk sim, mas como já disse minha mãe nem está aqui, se quiser passar aqui                        
13:21  YAN: Ela tem hora para voltar?                        
13:25  MAH: Acabei de conferir aqui, ela me ligou e disse que só volta a noite                        
13:25  MAH: Então, quer vir?                        
13:28 YAN: Eu vou tomar um banho e vou                        
13:28  YAN: Mas eu estou com um pouco de fome, devo comprar algo no caminho, vai querer?                        
13:28  MAH: Bom, já que você falooou kkkk só me compra um chiclete                        
13:29  YAN: Trident?                        
13:29 MAH: Sim, de melancia                        
13:29 YAN: Ok, vou levar um de canela também                        
13:30  YAN: Indo para o banho mas vou estar com o celular, pode mandar msg                        
13:34  MAH: Okay okay vou tomar um banho também, quando chegar aqui me avisa                        
13:34  YAN: Até logo                        
13:35  MAH: Bjs bjs                        
13:45  YAN: Perdeu a chance de pedir nudes, estou saindo do banho, chego em 15min
13:55 MAH: Kkkkk sai do banho agora, te vejo já já então 💕 

Eu despeço de Mah e começo tirar a roupa para tomar um rápido banho, a casa já estava uma bagunça quando Mah veio, então jogo minhas roupas no chão do meu quarto e vou para o banheiro. Me olho no espelho, não todo meu corpo e, sim, apenas meus olhos, os fantasmas de olheiras estão aqui como sempre e, como sempre, não me importo nem um pouco. Abro o chuveiro, espero que ele esquente e entro debaixo da agua com o celular na mão, coloco uma música qualquer e o deixo junto aos xampus. Tomo banho de maneira rápida e eficiente, parando apenas para mandar uma mensagem para Mah antes de finalmente sair.
-Eu realmente vou me atrasar. – Digo em voz alta para mim mesmo.
Vou até o guarda-roupas e pego uma roupa qualquer, desço a escada rapidamente e vou para a rua onde peço um uber. O motorista não leva mais do que 2 minutos para chegar o que me torna eternamente grato mas, ainda, atrasado.
-Você aceita água ou balas? – Oferece ele.
-Não, obrigado, estou suave. – Respondo.
-O ar condicionado está agradável? – Ele pergunta novamente.
-Está sim, não costumo me importar muito com essas coisas portanto, por favor, use o que mais for confortável para você.
O resto da viagem é silenciosa com exceção de quando eu peço para que ele pare no meio do caminho, em um McDonald’s para que eu possa comprar algo, compro três batatas grandes e, na saída, compro os chicletes na banca que fica ao lado. Volto para o uber e continuamos na mesma monotonia de sempre, apenas o rádio e os ruídos do transito podem ser ouvidos. Chegando na casa de Mah eu desço do uber, já pago pelo cartão, e envio uma mensagem à ela.

 MAH 

Fiquei no banho durante tanto tempo que nem notei a hora passar, quando ja havia saído do banho, enrolada na toalha respondia a mensagem de yan e me distraio testando algumas fotos observando se meu instagram ficaria organizado,logo vejo a mensagem de yan avisando que ja estava na porta, não podia o deixar esperando depois de ja visualizar a mensagem e então atendo a porta de toalha mesmo.
Yan me olha segurando as coisas que comprou e então sorri ao notar que estou de toalha .
- acabei me distraindo com instagram - murmuro dando passagem para que o mesmo entre, yan me abraça me fazendo ter de segurar a toalha que estava prestes a cair.
- Sua mãe ficaria brava se me visse aqui? - ele diz me acompanhando enquanto subo as escadas indo em direçao ao quarto.
Observo o mesmo por um momento da porta do quarto e enquanto realizo um movimento negativo com a cabeça.
- seria uma boa forma de conhecer sua sogra.- murmuro e então adentro o quarto fazendo com que yan me siga e então se senta a cama de costas ao armário.
Logo abria o mesmo e procurava alguma roupa confortável, pego o primeiro vestido que vejo a minha frente e um par de roupas intimas que havia separado e então olho pra yan com um ar duvidoso.
- vai ficar no quarto? assim eu vou me trocar...- digo me encostando  no armário. 
Pude escutar uma leve risada que saia em um tom mais baixo da boca de Yan que ergue a cabeça olhando pro teto.
- Qual a diferença se no final eu vou tirar sua roupa pra você? - permaneci em silencio e em seguida me aproximei  dele dando um tapa em seu ombro.
- Vamos, saia logo daqui, é mais divertido quando você tira e não sabe o que estou usando.
 Yan levantou e se dirigiu ate a copa onde o mesmo estava observava da janela a pequena cachorra na casa de uma de minhas tias. Me troco rapidamente e então vou ate a copa o abraçando por trás.
- ela é tão fofa, e se mexe toda quando a chamamos - ele diz olhando   Nina que cansada de brincar se encontrava deitada em um dos tapetes.
- sim, é adorável - murmuro e vou as escadas indo ate a sala e ligando a tv.
Yan descia e se senta ao meu lado colocando o braço ao meu redor, pego uma das almofadas e coloco em meu colo.
- É tão estranho quando passa Harry Potter, porque nunca me canso de ver.
- olha la, ele entrega todas varinhas ruins pra ele escondendo a melhor - yan dizia enquanto me abraçava mais forte.

Por um instante me distraio levando o olhar ao maxilar marcado de yan, só consigo pensar se estou com a pessoa certa, e a cada momento  ele me mostrava que era a pessoa perfeita pra mim, com um curto movimento dou um beijo em sua bochecha, fazendo com que o mesmo virasse o rosto e então se inicia um beijo.
É sem duvidas o melhor beijo que ja havia recebido, nossos lábios se entrelaçavam em tal sintonia que me deixava hipnotizada com tamanha prontidão, era sem sombra de duvidas uma das demonstrações de carinho mais sinceras.
Sem ao menos perceber minhas mãos vagavam por seu corpo, passeando um movimento sútil por sua clavícula e descendo aos poucos a sua barriga, enquanto uma das mãos de yan passavam por minhas pernas e a coloca em cima da dele dando acesso a minha coxa, o toque de suas mãos me deixava arrepiada, ate que o mesmo parava o beijo e levava o rosto ao meu pescoço, com um leve movimento semi abro a boca e o mesmo vibra ao escutar minha respiração pesada fazendo com que com a mão livre o mesmo me puxasse pra mais próximo.
Levo uma das mãos ao braço que acariciava minha coxa, faço carinho e sinto que yan se aproximava mais.
Quando yan leva a mão a minha calcinha, levo o rosto a seu pescoço, aquela altura, não pensava na possibilidade de  aparecer alguém ali, apenas queria continuar com aquilo, pois sabia aonde iria levar.
 Yan intensificava os movimentos, meus gemidos saiam com fragilidade, trazendo consigo com certo tênue, que fazia o mesmo me beijar.
 Ouvimos um barulho que vinha do portão abrindo, não queria parar, e então com agilidade olhamos a porta, ficando em uma certa postura, levava o olhar a tv como se nada tivesse acontecido ali, Yan com certa preocupação, não tirava o olhar da porta, minha mãe adentrava e leva o olhar a yan que engole seco por um momento. 

domingo, 11 de dezembro de 2016

雌犬海辺

                            CAPITULO VI- MAH

 Acordo na madrugada abraçada com Yan que estava me abraçando, estávamos tao aconchegadas que eu nunca pensaria que não sentiria frio se nao me cobrisse pra dormir, pego a blusa de yan que estava jogada no chão do quarto e me visto, era estranho imaginar uma casa vazia inteira apenas pra nos dois, levo o olhar ao teto por um instante lembrando do que fizemos durante a noite, ele foi perfeito em tudo, levo a mão a seu rosto e faço carinho por um instante o mesmo me observa com uma feição de sono.
- esta tudo bem? - ele murmura me puxando pra perto enquanto me abraçava. 
 O que eu mais estava naquele momento era bem, estava com a pessoa que amava, não conseguia me imaginar mal ao lado de Yan
Afirmo e me aconchego em seu peito. - estou com um pouco de sede - murmuro um pouco sonolenta, ele me olha e sorri se levantando e me da a mão me levando pra cozinha, quando chegamos na cozinha me sento no balcão e fico observando o mesmo que pegava agua na geladeira e trazia pra mim ficando entre minhas pernas.
- quer mais alguma coisa?- ele diz enquanto me observa beber água, o mesmo acariciava minha coxa e então sorri - minha blusa te caiu muito bem - diz enquanto coloco o copo de agua ao meu lado e levo o olhar a você sorrindo com as bochechas levemente coradas.
- nao encontrei a minha, e a sua estava mais perto...quando eu for pro quarto eu procuro a minha e te entrego a sua - dizia enquanto levava os braços colocando ao redor do pescoço de yan que me puxava pra pra beirada do balcão, colando nossos corpos e então me aproximo, nossos rostos ficam a poucos centímetros de distancia, fecho os olhos e aos poucos sinto o toque de nossos lábios, que em perfeita sintonia se transformava em um beijo.
Logo de manha teria de ir embora, no entanto não queria sair de perto de yan, quanto mais perto eu ficava, parecia que melhorava mais.
As maos de Yan vagavam por minhas pernas enquanto apertavam levemente, minhas pernas rodavam a cintura dele o trazendo pra mais próximo, o beijo se intensificava cada vez mais, meu corpo ficava cada vez mais quente, paro o beijo por um instante o abraçando por um instante com respiração pesada. 
- Hm, isso foi... Intenso...- ele murmura se aproximando do meu pescoço dando um leve beijo, no mesmo instante minha mao toca o cabelo e semi abro a boca dando um leve gemido.
Yan me pega no colo e me leva de volta pro quarto enquanto nos beijamos pelo caminho esbarrando em alguns moveis, chegamos no quarto e então nos deitamos novamente na cama.
- dormir - murmuro me ajeitando em seu peito - Yan sorriu e afirmou me fazendo cafuné enquanto puxava uma das cobertas pra cima de nos dois, dormimos ate as 10:00 da manha, acordei com um telefonema da minha mãe, sonolenta atendo o telefone e precisava ir embora pra terminar de arrumar as coisas.
- você precisa mesmo ir ? - yan perguntava enquanto me passava a blusa, logo a visto e então afirmo um pouco chateada.
- promete que vai falar comigo a viagem toda? - murmuro dando um selinho no mesmo, que afirmava me puxando pra cama de volta e me dando alguns selinhos.- preciso ir... - digo me levantando e indo em direção a minha bolsa que ficava próxima a janela, o dia estava completamente nublado e ventava muito la fora, volto a olhar pra Yan que pegava uma blusa de frio no armário. 
- huh? não precisa, vou de uber não se preocupe com isso...- murmuro me aproximando, e mesmo assim ele me entrega a blusa e logo a coloco.
 Yan me acompanha ate a portaria do prédio e me entrega um pacote de ruffles. - Você não pode sair daqui com fome - diz sem soltar minha mão.
Logo o uber chega, me despeço dando o melhor abraço que poderia dar,  Yan me deu um ultimo beijo e me levou ate o carro, os dias que ia passar fora me fariam sentir saudades, no entanto mal via a hora de poder ver o mar.


雌犬海辺

CAPITULO V - Yan 


Estou esperando Mah chegar, olhando pelo olho mágico da porta para que eu possa abrir no momento em que ela fosse bater e é o que acontece, abro a porta e ela parece minimamente surpresa por eu ter aberto sem que ela sequer batesse. -Você estava me esperando na porta? – Ela pergunta. -Não, só chutei a hora certa para abrir a porta, seria engraçado se você sequer estivesse aqui. Mas gostaria de entrar? – Digo abrindo passagem e gesticulando com o braço. -Que honra.   -Olha, não tem muita coisa para fazer aqui não mas, você está afim de ver alguma coisa no netflix? Podemos assistir aqui na sala. – Digo mostrando o sofá e a televisão – Ou no meu quarto, você pode escolher. -Eu acho que eu iria preferir mesmo o quarto. Seguro então as mãos dela e a levo para o quarto, apontando para os poucos cômodos pelos quais passávamos e dizendo o que cada um era, apresentar a casa era o primeiro passo. Chego no meu quarto no fim do corredor depois da curta caminhada e digo. -Este é o meu quarto, o pocinho de bagunça que chamo de quarto. Pode se sentar na cama, vou colocar algo para nós vermos. Mah se senta na cama enquanto eu encaro uma lista de filmes no netflix para colocar, são filmes de mais, por eu estar usando o touchpad eu acidentalmente clico em um filme randômico, aparentemente uma comédia romântica mas não me importo, apenas me levando, vou para a cama e sento ao lado de Mah. A cama é uma cama de solteiro, o tamanho normal e nada muito extravagante mas, na minha opinião, é perfeita, não por ser especial de algum modo e, sim, por ser pequena, limitando a distância que pode existir entre as duas pessoas que nela agora residem. 
Mah assiste o filme sem questionar nada, sua posição aos poucos fica mais relaxada e ela começa a se aconchegar em mim, aos poucos me fazendo deitar junto a ela. Eu não estou prestando muita atenção no filme, ele de certa forma parece meio engraçado mas nada que eu conseguisse pegar puramente por estar focado de mais na pessoa que se apoia em mim, seus olhos são perfeitos, por mais que eu tentasse eu não consigo evitar. Bom, até eu perceber que aqueles mesmos incríveis olhos estavam me encarando de volta. -O que foi? – Diz Mah com um sorriso se formando. -Nada. – Respondo, me aproximando e dando um leve beijo no canto de seus lábios. – Só estava te observando.... -Aham. -E pensando em como seria passar fumaça de cigarro para você. – Completo. -Ah é, dizem que só fazem isso para começarem a beijar uns aos outros. -Não estou negando nada, quer tentar? Ela se deita um pouco mais e eu me inclino sobre ela instintivamente, poucos centímetros separavam o meu rosto do de Mah, nossas respirações se tornavam uma antes mesmo de terem tempo de se unir ao ar.  -Não vejo porque não. – Sussurra Mah Ao sussurrar nossos lábios esbarram, sinto uma sensação elétrica mas não necessariamente ruim passando pelo meu rosto. -Você se importaria se pulássemos a parte do cigarro? Como pode ver, não tenho nem um. – Digo baixo e devagar, fazendo com que nossos lábios novamente se tocassem repetidamente. Mah abre a boca para responder mas exala primeiro, por isso abaixo um pouco minha cabeça e pressiono meus lábios aos seus, suave mas intensamente, nossos olhos ainda abertos encaram um ao outro, os de Mah aparentemente tentando focar algo que está além de suas habilidades o que rapidamente faz com que seus olhos se fechem, a mensagem perfeita para que eu feche meus próprios olhos e é o que faço. O beijo que começou tão devagar, tão provocativo se torna mais intenso e intricado, nossas mãos, antes acariciando o rosto um do outro começam a tomar vida e agir por si próprias, revezando entre a tímida exploração do corpo alheio e a carinhosa pegada que puxava o outro mais para o beijo, as camadas de roupa lentamente se movem de modo a se afastarem o máximo dos nossos tão intensos corpos, nossas peles sensíveis de mais pelo toque do outro, o prazer transbordando e sendo exalado por todos os poros que temos. O beijo então para, tomo um pouco de folego e deixo minha cabeça pender ao lado da de Mah, seu perfume então invadindo minhas narinas e me fazendo inspirar fundo, sem pensar nas minhas ações meus lábios tocam seu pescoço provocando uma onda de arrepio que mesmo eu posso sentir. Eu me afasto um pouco e olho novamente em seu rosto, sorrio para ela e a mesma retribui na mesma moeda, mais um sinal divino para seguir em frente, acho que no fim deus realmente existia, minhas mãos arrastam na pele de Mah até chegar em suas costas, onde solto seu sutiã provocando um leve suspiro, minhas mãos então continuam seu caminho, descendo lentamente e se demorando em sua cintura. Enquanto faço isso posso sentir mãos passando por debaixo da minha blusa, tocando minhas costas, as vezes puxando meu pescoço um pouco mais para baixo. Estava tudo bem até que um súbito pensamento me tirou do transe por alguns momentos e me fez refletir ali, parado, e se por acaso o sutiã só se abrisse pela parte da frente? Tão súbito quanto foi o pensamento ele se vai e tudo volta ao mesmo tempo, intenso de mais, quase pesado. A ponta de dois de meus dedos finalmente chegam às roupas intimas, permito que minha mão se demore, esperando por alguma reação adversa que nunca chega, então ela passa a mão por meu braço e ao tocar minhas mãos a desce mais um pouco e a reação é imediata, os beijos, ainda intensos, carregam uma nova aleatoriedade que não era comum a ele até agora. O foco de atenção diverge um pouco do beijo e ele logo se interrompe novamente, nossos rostos ficando um ao lado do outro e nossas respirações pesadas saem altas em contraste ao som do filme que, agora, não passava de um ruído de fundo. As mãos de Mah então voltam a vagar errantemente por meu corpo, como se para compensar o tempo em que ficaram paradas, elas sobem lentamente até meus ombros, se demorando mais do que eu poderia pensar e mandando ondas de prazer por todo meu corpo, nossos rostos ainda paralelos davam a Mah uma passagem perfeita até meus ouvidos, onde ela gemia e sussurrava ocasionalmente, tornando a experiência ainda melhor. Suas mãos então começam a descer até chegar em minhas calças, onde começam a desabotoa-la sutilmente enquanto geme baixinho, eu retribuo na mesma moeda, levantando um pouco de sua saia. Então eu estico a mão para o móvel e pego um pequeno comprimido, colocando-o na boca logo depois.  -Acho que esse filme é realmente muito bom. – Digo após me afastar um pouco a ponto de ficar cara a cara com a Mah, te dou um beijo, passando à Mah metade do comprimido enquanto desço um pouco mais as minhas calças.  -Era bala? – Pergunta Mah. -Era. – Respondo. Voltamos a nos beijar e então, finalmente, acontece, mesmo durante o beijo deu para perceber que ambos sentiram aquilo, os movimentos de repente mais pesados, a princípio ficamos ali, abraçados e parados com a exceção do continuo beijo, mas logo começamos a nos mover, cada um de sua maneira, tornando o que já era bom em algo indescritível, mudamos a posição sem sequer perceber até que chegou um ponto onde ela está sobre mim, nos damos a mão e entrelaçamos firmemente os dedos, nada nos separaria enquanto estivéssemos daquele jeito, nos tornamos um, de corpo e alma novamente, o momento pareceu durar uma eternidade mas ao mesmo tempo poderia ter realmente durado mais uns dois dias. À medida que nos beijávamos o calor de seu corpo aumentava e ela exalava uma fragrância estonteante. Mah respondia cada movimento com novas vibrações de seu corpo. -Eu te amo. – Disse entre beijos, isso fez com que todo o seu corpo ressoasse por dentro. -Eu também te amo. – Respondeu ela com um sussurro entre gemidos. Beijei-a no pescoço, fazendo com que dobrasse levemente a cabeça para o lado, respondendo ao novo estimulo, todo seu corpo enrijeceu e seu aperto ficou mais forte, é quase como se ela finalmente cedesse, os movimentos ficaram mais intensos, as sensações mais fortes e frequentes, o clímax enfim chegou e fez com que nossos corpos sofressem espasmos ao liberar tudo o que acumularam durante o filme. Com a respiração ainda pesada e o coração a mil, Mah deita sobre mim e eu a envolvo em um abraço, ficamos assim por mais um tempo até que Mah quebra o silencio com uma pergunta. -Eu tenho cha, você quer fumar? -Nunca se recusa drogas. – Digo em resposta. Ela então se levanta, caminha até sua bolsa e pega um beck. -Estar preparada costuma pagar bem. Deitando-se novamente ao meu lado, Mah me entrega o beck e eu o acendo, depois de alguns tragos eu à encaro e ela percebe, finalmente trocamos a fumaça pela boca, seguida do famigerado beijo.  -Realmente, depois de toda troca tem um beijo. Acabamos o beck e adormecemos, assim mesmo, apenas com a presença um do outro e o calor residual do quarto. 


quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

雌犬海辺

 Capitulo - VI - Mah

Quando Yan me fez aquela pergunta, parecia que estava em um sonho, o conheço a pouco tempo, e tudo que eu mais desejava não demorou nem uma semana pra acontecer.
 No mesmo instante levo o olhar a Yan que dava um leve sorriso, então afirmo com a cabeça o abraçando em seguida, Baby nos olha sem entender por um instante e então me encara, apenas ergo a sobrancelha e então volto a olhar a tela do filme, a mesma encara yan que afirma e baby abre a boca em um sorriso e a tampa instantaneamente, ela ja tinha entendido.
- isso aqui.. sobe- murmuro subindo o porta copos que nos separava e então me aproximo do mesmo o abraçando e deitando a cabeça em seu peito, yan fazia carinho em minha cintura, ficamos desta maneira durante uma boa parte do filme, as maos de yan que me acariciavam me trazia a um estado de paz que me fez cochilar, ate que com os gritos do filme despertei o abraçando com mais força.
Yan deu um leve riso e então me abraçou de volta.
- Voce precisa descansar mais - sussurrou enquanto voltava a fazer carinho.
A melhor sensação era acordar e ver que aquele pedido não era um sonho bobo e sim a realidade, afirmei e levei a mao ate meu rosto coçando de leve meus olhos e voltando a fazer carinho no peito do mesmo, o encarei por um momento, o mesmo me olha e se aproxima dando um selinho e logo o puxo para um beijo, a sala escura não nos atrapalhava e nem deixava as coisas tao explicitas para todos. 
Nunca gostei tanto de ficar agarrada em publico, quando existe algum sentimento, sempre penso que não é necessário tal exagero, não gostaria de estar parada em um local e ver um casal se atracando, não é algo muito confortável de se ver.
 Baby da um grito e segura meu braço com uma cena que nos interrompe, Yan me observa e em seguida olha pra baby e seguimos rindo.
- Olha! to me arrependendo de vocês terem me arrastado pra cá... devia ter chamado aquele- a interrompo tossindo e ela logo sorri - mas claro que amo vocês, então..- baby murmura emburrada voltando a ver o filme.
 No fim do filme, saímos todos e começamos a andar pelo shopping.
- O que vocês vão fazer no ano novo? - baby perguntava olhando algumas vitrines.
- Bom...- Sincronizadamente digo com Yan, olhamos um pro outro e sorrimos com certa timidez 
- pode dizer - Yan murmura apertando minha mao com leveza.
- creio que vou viajar, praia! vai ser incrível - digo com um sorriso no rosto e em seguida levo o olhar a Yan que me observava com certa seriedade, era um charme.
- Acho que vou passar sozinho em casa, minha família vai viajar então..- ele diz respirando fundo e então observa o teto.
Por um instante voei ao imaginar que se não fosse viajar, poderia passar o ano novo com ele, o que seria com certeza incrível, mas provavelmente poderia estar o pressionando muito querendo passar todo tempo possível com ele, era um caso a se pensar. Baby me chamava pela terceira vez, mas estava longe demais pra responder, ate que levo o olhar a ela e a mesma sorri.
- Acho que vou passar com minha mãe, vamos pra algum lugar e pretendo ficar TRANSTORNADA - ela dava ênfase em ''transtornada''e em seguida dava uma leve risada, a mãe de baby era bem juvenil pelo fato de ter tido baby muito jovem, batia idade com as pessoas de nosso convívio. 
Yan me observava, provavelmente adivinhando no que estava pensando, creio que sou previsível demais perto dele, sou envergonhada e desastrada e tudo fica muito bem estampado em meu rosto.
- Curta bastante a praia por mim - ele diz me olhando e sorri.
Afirmo e em seguida saímos do shopping, levando Baby ao ponto de ónibus, onde a escutamos falar sobre uma nova playlist que havia criado com musicas que a faziam dançar. 
Quando Baby foi embora, estávamos a caminho do meu ponto de ónibus, ate que yan aperta um pouco minha mão e então olho pro mesmo.
- Meus pais viajaram ontem, gostaria de ir la pra casa mais tarde?- ele diz em um tom meio receoso que me deixava corada e então ao ver minha reação sorri.- quero dizer... podemos assistir alguns filmes no netflix, ambos gostamos de terror, pensei que poderia ser uma boa   opção.
Paro por um instante com um certo sorriso malicioso nos lábios e então observo o ónibus que estava próximo.
- As 8:00? - Digo me aproximando do mesmo que afirmava me dando um selinho.
 Ao entrar no ónibus a primeira coisa que faço é pegar o celular e mandar uma mensagem pra Baby que me respondia segundos depois.
'' O QUE??? PRA CASA DELE? MEU DEUS! usa branco! '' a mensagem de baby me fazia gargalhar fazendo todos do ónibus levar o olhar a mim.
''BOM eu acho que um pratinho básico ia ficar um espectáculo! MAS JA QUE INSISTE '' a respondia e logo recebia uma mensagem da mesma me mandando tirar foto quando saísse.
 Chego em casa trocando mensagens com baby e com Yan, nossos assuntos eram infinitos, sou uma pessoa que costuma falar muito, então pra mim ter uma conversa infinita em uma rede social era primordial.
Dando a hora de me aprontar, me visto com uma saia preta rodada simples e um cropped comum, nada muito sofisticado, queria o impressionar mas usando uma roupa que costumava usar em meu dia a dia, após mandar a foto pra carol, chamo um uber que chegava em instantes.
Confesso que nunca fiquei tão nervosa pra ir a casa de alguém, dou uma olhada clássica em minha bolsa conferindo se havia colocado o potinho onde carregava meu amado verde.
 Como de costume nenhuma palavra era trocada com o motorista do uber que me oferecia balas, e pego uma macia com sabor de framboesa, ao chegar no prédio de Yan, sigo ao elevador e me dirijo ate o apartamento que ele me dizia, nos comunicávamos por mensagens então não foi necessário tocar a campainha.
 Me aproximo da porta que em um leve movimento se abria me deixando com o coração na mão, essa noite prometia coisas boas, logo no dia seguinte teria de viajar durante a noite, devia aproveitar o máximo de tudo.

雌犬海辺

 CAPITULO - III - YAN


Faz pouco tempo desde que encontrei Mah pela última vez e, honestamente, acho que poucos poderiam prever o que nossa relação viria a se tornar. Foi tão rápido e tão intenso que eu não quero que acabe, nunca, mas aqui estou, em pé neste ônibus que provavelmente tem lugares de sobra para eu me sentar, o que eu simplesmente não consigo fazer por estar um pouco ansioso demais, nos fones a música está alta de mais para que eu ouça qualquer coisa exceto um longínquo som do motor do ônibus. Os solavancos do caminho que, aparentemente, incomodavam a todos no veículo mal chegam a mim. Agora está bem frio, é quase como se o clima simplesmente não se decidisse e quisesse experimentar todo o possível no intervalo de poucos dias, é tão bizarro quanto interessante, mas o frio ainda castiga a pele de quem se atreve a encara-lo de face erguida, isso ou simplesmente por pessoas de mais terem deixado as janelas abertas. Enquanto o ônibus faz as curvas que aproximam cada vez mais minha amada e eu, reflito em como o frio é bem-vindo por mim, é simplesmente a situação ótima para quase todos os momentos, o frio aproxima as pessoas e permite um maior controle de temperatura. Mas não posso me ocupar apenas com meus devaneios, o ponto logo vai chegar e eu preciso me preparar um pouco mais, mesmo sabendo que eu nunca vou estar preparado o suficiente para isso. Eu desço do ônibus e caminho em direção ao shopping, enquanto ando concerto frequentemente os óculos e puxo levemente a blusa para baixo, atitudes que eu não realmente entendo mas que ajudam. A entrada do shopping está logo a frente e eu chego à ela rapidamente, o ar condicionado do shopping é o primeiro a me receber e, por mais estranho que pareça, ele estava mais quente do que o frio que agora me espera lá fora. Eu deveria ter pensado em um plano antes, algo para fazer além do cinema, mas acho que no fim vai ser mais improvisado do que eu havia pensado. Faço meu caminho, agora lentamente pelo shopping, para a sessão de cinema, Baby e Mah estariam. Me aproximando e sentindo o celular vibrar em meu bolso consigo vê-las me esperando de costas enquanto Baby está com o telefone na orelha e Mah encara fixamente o display de filmes. À 10 metros delas, por um movimento inesperado, ambas me veem e caminham ao meu encontro. 
-Yaaaaan – Quase grita Baby. – Você chegou!
-Sim, sim, desculpem-me o atraso, os ónibus realmente não  são confiáveis. – Digo em resposta.
Baby então me solta e eu me encaminho para Mah, que me esperava com um afetuoso sorriso. Nos abraçamos no instante que chegamos no alcance um do outro, quase como se houvessem eras que não recebíamos notícias uns dos outros e não apenas alguns minutos, depois de alguns segundos nos afastamos e fechamos com um selinho. Quando acabamos, ainda de mãos dadas, olhamos para Baby que ostentava um olhar maravilhado com um bobo sorriso estampado no rosto. Tanto eu quanto Mah à encaramos esperando que ela mude sua expressão e caminhe conosco, mas aparentemente o efeito desse olhar demorava mais para passar do que imaginávamos, então damos mais um selinho, esperando que Baby ficasse desconfortável o bastante para parar de olhar, o que não acontece.
-Baby, você tinha que ser minha irmã, olha sua cara, você tem alguns probleminhas. – Afirmo enquanto começamos a andar rumo ao começo dos displays dos filmes.
-É só que eu estou feliz demais em ver vocês juntos, vocês dois são tão fofos.
-É, nós sabemos. – Então me volto a Mah e pergunto em um tom mais baixo – Tudo bem com você?
-Tudo sim Yan, tudo bem com você?
-Estou melhor agora. – Então me volto para as duas juntas – Vocês decidiram o que assistiremos? Eu sou bem ruim com escolhas, logo vocês vão ter que me guiar por este reino de aventuras perdidas e terras desconhecidas.
-Olha... – Baby começa – A Mah provavelmente quer ver The Babadook, para mim tanto faz, eu só vim aqui para ver vocês dois mesmo. 
-Pode ser esse filme aqui mesmo Mah? Ele meio que parece bem legal. – Pergunto à Mah, dando uma leve apertada em sua mão.
-Pode sim, ouvi bons elogios sobre esse filme, ele deve ser bom.
-Então Babadook será, mas antes o que vocês acham de comermos alguma coisa? Estou com desejo de açaí, provavelmente estou gravido de novo.
Então começamos a andar rumo à praça de alimentação, ainda de mãos dadas e Baby andando do nosso lado enquanto fala algumas coisas em que, por mais que eu tente, não presto atenção, meu mundo meio que se resume à aquela pessoa cujo dedos se entrelaçam ao meu. A caminhada foi rápida e já estamos na praça de alimentação e, por mais estranho que pareça, ela está fazia. Fazemos nosso caminho até uma mesa de quatro pessoas onde Baby se senta a frente e Mah ao meu lado. 
-Eu vou de açaí.  – Digo – O que vocês vão pedir?
Ambas parecem um pouco pensativas por alguns segundos mas, depois de se encararem, dizem quase em uníssono.
-Batata frita.
-Eu vou comprar as coisas, esperem aqui, pode ser?
Então me levanto e faço meu caminho até um dos lugares que vendia batata frita, peço uma porção e fico esperando enquanto encaro a mesa que a poucos momentos me abrigava, observo fixamente Mah e Baby, eu realmente dei uma sorte gigante em ter achado essas duas pérolas. Me viro para o atendente e digo que vou comprar um açaí na sorveteria do lado e que já voltava. Eu pego um açaí e quando chego a batata já me aguardava. Pego os dois e levo para a mesa. 
-Aqui está meninas. 
Coloco a batata sobre a mesa e provo o meu açaí, muito frio como de costume mas ainda bem doce, um bom açaí. Baby e Mah estão comendo a batata, parece boa e por isso pego uma batata e provo. Está realmente muito boa, pego mais uma, molho no açaí e como.
-Que nojo Yan. – Diz rindo Baby – Eca.
-Olha, para minha defesa não é tão ruim quanto parece, sério, é até bom. – Então pego mais uma batata, molho e estendo para Baby comer. Ela se aproxima e pega a batata, comendo logo em seguida.
-Ok, isso é nojento mas não tão ruim quando eu imaginei.
Eu novamente pego mais uma batata, molho no açaí e estendo para Mah comer, quando ela se aproxima eu afasto um pouco a batata, fazendo com que ela tivesse que se mover mais, então na terceira vez que ela já está quase toda esticada eu me aproximo e a beijo. Ela se afasta um pouco e estendo a batata, que agora ela come.
-Não é ruim. – Ela afirma.
-Eu sei né, mas eu não comeria ela assim. Nos filmes eles molham em milk-shake e parece bom, mas sei lá.
Enquanto falo percebo que a Baby nos encara novamente com aquele sorriso bobo no rosto.
-Tá, foi muito gay isso mas releve, o filme vai começar logo, comam rapidamente.
Eu termino meu açaí e ajudo-as a comer o fim da batata, colocamos tudo na área do lixo para que os pratos e tigela fossem recolhidos e seguimos em frente, indo ao cinema. Chegamos e compramos os ingressos, não nos preocupamos antes pelo fato de que o shopping estava meio vazio. Com os ingressos em mãos entramos para ver o filme, a sala estava extremamente escura em contraste com o brilho do lado de fora, de primeiro momento eu não enxergo absolutamente nada, continuo andando mas quase sinto que eu deveria ter parado para esperar minha visão se ajustar, eu aperto um pouco mais a mão de Mah e continuamos, eu me guio pela escuridão pelo modo que eu achei que o cinema era, esbarrando de leve as vezes, chegando na escada fica mais fácil, pequenos leds iluminam a escada e nos permitem subir sem muitos problemas sentamos bem no fundo, eu sento na cadeira mais próxima à parede, à minha direita fica Mah e em seguida Baby. Sentamos lá enquanto esperamos o filme começar, o que não leva muito tempo e o cinema realmente está vazio. Eu quase sinto por Baby que está ao nosso lado esperando o filme começar. 
O filme começa, não é o melhor dos começos mas é bem interessante, é uma mudança bem radical para um filme de terror. Nessa hora eu não presto muita atenção ao filme, envolto em pensamentos eu apenas fico pensando na reação das pessoas se eu dissesse o que eu precisava dizer, ao mesmo tempo que era absolutamente importante parecia uma aposta de alto risco mas, mesmo que seja estranho e não apropriado para o momento eu me inclino e sussurro à Mah.
-Quer namorar comigo?


quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

雌犬海辺

 CAPITULO II 

 Fiquei ali, por alguns instantes jogada na cama acariciando o cabelo de Yan, que fazia carinho em meu braço, a porta do quarto se abre em um movimento brusco, Baby vinha carregada por um garoto e era arremessada pra cama ao lado da que estávamos.

- é melhor deixar o quarto pra eles...- yan murmura entregando minhas roupas, e eu afirmo com a cabeça me vestindo e então levo o olhar a Baby que me observava com os olhos de descreditada. 

- Voces dois?.. ah meu deus Ele é meu irmão - ela dizia soltando um riso. 
 Saímos do quarto e nos sentamos em uma pequena sala na qual ficamos observando uma tv desligada, a festa estava cheia e eu tinha praticamente acabado de chegar, tinha o resto da noite e eu só queria ficar ali, com ele e sem interrupções. 
 - quer um cigarro? - ele sorria enquanto colocava um cigarro na boca e acendia.
 O observava admirada, meus olhos brilhavam ao observar tão calmo assim, ele então tirou um pequeno pacote do bolso, e me estendeu, assim que peguei sorri, não costumava misturar drogas mas aquela noite, seria a melhor noite de todas, depois de pegar a bebida e colocar a famosa bala, tomei e fiquei observando a tv enquanto Yan fumava, o jeito que ele pegava o cigarro ou brincava com o mesmo quando jogava as cinzas fora me deixava vidrada, queria as mãos dele em mim, pego meu celular e coloco uma musica, a sala estava silenciosa e não passava ninguém por la.

- me da um trago? - murmurei e ele logo estendeu a mão oferecendo o cigarro.
 Subo no colo de Yan ficando de frente pra ele e pego o cigarro dando um trago, surpreso o mesmo volta a tocar minha cintura e me observava liberar a fumaça, sorri e devolvo o cigarro que logo era apagado e deixado de lado.
- gosto dessa musica - sussurrava enquanto o abraçava rebolando no ritmo do som que tocava por toda a sala, suas mãos novamente passavam por minha cintura dando leves pressionadas, ele permanecia em silencio, isso me matava e me deixava curiosa, não sabia ao certo se ele estava gostando ou não do que estava fazendo.
    Continuei com a dança um pouco receosa sobre o que eu estava fazendo se o agradava ou não, ate que senti o mesmo com uma respiração pesada levando a cabeça ao meu ombro, sorri, ja havia conseguido o que queria, não sabia ao certo quem estava sendo mais provocado, o que havia usado me deixou totalmente a flor da pele. 
    Yan levava as mãos as minhas pernas subindo um pouco o vestido, ele me ergueu um pouco enquanto abaixava um pouco a calça e então me puxou pra ele me pressionando em uma quantidade que era inevitável conter qualquer som que saísse de minha boca, o mesmo sorriu.
- como você consegue ser fofa ate agora?- murmurava enquanto me pressionava e me movimentava contra ele, estava completamente arrepiada, tampava a boca tentando não emitir nenhum som e então noto ele me observando, o mesmo sorria e então tirava a minha mão da boca e me abraçava fazendo com que meu rosto ficasse próximo a seu ouvido, então respirou fundo e continuou a me movimentar.
- quero te ouvir - ele sussurrou e continuou.
 Ja nao estava mais em mim, fazia tudo o que ele mandava sem hesitar, isso não podia ter fim, ele me completava, estava nítido, ja era o meio da festa e ele permaneceu comigo todo esse tempo, ele não queria mais ninguém, quando noto ja estava deitada no sofá, Yan sabia me agradar em tudo, era tudo o que queria.
 O segurava com firmeza enquanto observava o mesmo fazer tudo com certa precisão, tudo parecia perfeitamente ensaiado, estava perfeito.

Quando paramos o abracei novamente, ele me segurava firme, não queria soltar, não iria soltar, Baby e o garoto que a acompanhava entram na sala e ela nos observa de novo.
 - Tudo bem com os pombinhos? - ela dizia sorrindo enquanto se senta ao nosso lado. Estava linda trajando um belo vestido que realçava seu corpo, olhou pro garoto pedindo agua e ele levantava indo ate o andar debaixo.  
 Yan olhava pra Baby e dava um sorriso levemente timido e afirmava, deitada no ombro de Yan apenas olhei pra ela e sorri. Ela conseguia entender tudo apenas pelo olhar, essa festa parecia nunca ter fim.
O menino trazia a agua e entregava pra baby que dava um gole e passava pra mim.
 O copo de agua era tao gelado, que sentia que estava congelando por dentro, yan quente tocando meu braço, era uma diferença gritante entre o copo de agua e nossos corpos.
A festa continuava e permanecemos juntos ate o fim da mesma, ao final nos despedimos e voltei com Baby pra casa, estava radiante mesmo tendo virado a noite acordada, foi com alguém que valeria passar noites e noites em claro, isso poderia se repetir sempre.
- vai sair um namoro dai? - baby perguntava enquanto caminhava na volta pra casa.
Sorri e olhei pro ceu, torcia para que sim, estar com ele me fazia bem, e me entreguei por completo a Yan, e não pensei em outra coisa, esperava mesmo que fosse reciproco o que estava sentindo.
- Quem sabe?- disse sorrindo pensativa sobre o que havia acontecido na festa da noite anterior.

雌犬海辺

I- CAPITULO

Nada como o natal em família, casa cheia, mesa farta, pessoas sorrindo em volta de uma arvore de natal dizendo mentiras de como seu ano foi incrível, enquanto postava o tempo todo no twitter em como sua vida estava sendo uma perfeita merda, data milagrosa não?
 Descia as escadas trajando um vestido vermelho e um salto que havia ganhado no natal passado, mamãe como sempre preparava a ceia que deixava um aroma incrível por toda a casa, meus tios abriam um vinho enquanto minha avó ligava a tv pra assistir os programas de uma nova edição natalina.
 Caminhava pela casa em direção a rua onde tirava o isqueiro e acendo a famosa formula de aguentar sobreviver a mais um dia com esta família, observava o céu, estava limpo e estrelado, não estava tão lindo como no natal passado.
 - A cada ano que passa o céu fica mais feio - murmurava pra mim mesma e volto a olhar ao meu salto, respiro fundo e então dou o ultimo trago e jogo fora a ponta ja acabada. - como eu queria minhas galochas agora.
 Meus olhos nadavam no vazio do meu ser, me trazendo vibrações contraditórias ao que geralmente sentia, a brisa fria passava e tocava meu rosto me fazendo sorrir e então passo a ponta dos dedos por um dos cachos desajeitado de meu cabelo enquanto vou entrando novamente em casa. Meus primos estavam la, minha madrinha tagarelando tão alto que conseguia escutar logo da entrada da casa, eventos festivos em casa tenho um belo passe livre pra me embebedar, nada muito novo acontece quando mamãe me ve encher uma taça de vinho.
- AH minha princesa chegou, Feliz natal!! - ouço minha madrinha falar da cozinha e sorri- me conte as novidades querida, como anda os namora- a interrompo em um sorriso e dou um leve gole no vinho.
 
- Os namoradinhos? estão todos mortos!! e a escola? esta uma merda!- digo sorrindo e observo a feição de desespero no olhar da mesma, minha mãe então a puxa para voltar a conversar.

E Assim se passa mais um natal em família, após algumas conversas sobre a gravidez inesperada de uma prima, começamos a ceia apos uma reza rápida que todos torcem para que acabe mais rápido, depois de me alimentar, nem vejo os presentes pois sei que nunca é algo diferente, tinha uma festa pra ir, épica, era meu plano desde o inicio da noite. 
Me despeço de alguns parentes e então chamo um uber que chega com rapidez, a viagem ate o local da festa é demorada, a cidade é muito mais bonita durante a noite, trabalhada em tons frios e luzes vindo de grandes Outdoors, não troco uma palavra com o motorista, o único som vindo do carro era do gps.
''A 300km vire a direita ''
Desco do carro e toco a companhia, Baby abre a porta com os olhos marejados e pupilas enormes, sorri.
- esta tudo bem ai? - digo entrando e observo ao redor, varias pessoas em casal se beijavam pelos cantos, enquanto em outros algumas pessoas fumavam.
- Esta tudo perfeito!- ela sorri e me passa um pequeno quadrado, que logo coloco a língua. 
Em questão de minutos Baby ja havia sumido, adentro a casa e vou em direção a um sofá, onde me sento e observo as pessoas caminhando e dançando, tiro da bolsa um cigarro e pego o isqueiro o ascendendo o mesmo, trago e então solto a fumaça e minha cabeça pesa por alguns instantes, dou um sorriso leve e escoro a mão livre em meu cabelo, enquanto observo as pessoas passando por mim.
- Vai ficar quieta assim? geralmente as pessoas se agarram ficam loucas...- a voz grossa chega ao meu ouvido e então olho pro rapaz que estava sentado ao meu lado trajando uma blusa social branca.
- costumo curtir minha onda sozinha - digo levando o olhar ao mesmo, e sorrio de canto.
Era lindo, cerro os olhos por um minuto, sua barba parecia ser desenhada, enquanto a feição indiferente por trás dos óculos que me despertava certo interesse, o mesmo continuava a me observar e então passo o cigarro a ele.
- estou parando de fumar.- ele dizia enquanto olhava o cigarro por um instante e então levava o cigarro ate a boca que era perfeitamente desenhada, sorri e então olhei pra frente, quando levo o olhar de volta ao garoto que liberava a fumaça observando a mesma que ficava esbranquiçada e então sumia, me perguntava por que ele não estava com alguém ali? 
- por que esta sozinho? - falo tão baixo quase inaudível, e então ele me olha.
- não costumo ficar tão louco a ponto de fazer coisas sem pensar - ele murmura próximo ao meu ouvido e sinto um arrepio por toda espinha, viro o rosto dando um sorriso.
- eu estou louca...porem quieta, acontece de - procurava palavras em minha mente pra poder puxar alguma conversa dali e então continuo. - Como se chama? - murmuro.
- Yan - ele diz sorrindo ao perceber minha tentativa de puxar assunto e então se levanta estendendo a mão pra mim - quer sair daqui?
Sem pensar duas vezes afirmo me levantando e dando a mão pro mesmo que subia as escadas, conhecia a casa mas não tão bem como o rapaz, estava no quarto do dono da casa, estava vazio por incrível que pareça, neste momento é possível se imaginar que com tantos comodos na casa, os casais escolheriam justo o quarto? 
- melhor? - ele dizia enquanto encostava a porta, e então observo a porta fechada, o quarto com pouca iluminação, sorri e então fui ate a janela e observei as pessoas próximo a piscina.
Sinto o mesmo se aproximar por trás colocando as mãos com firmeza em minha cintura, sinto ferver e então prossigo olhando pra fora, mas agora pro céu, estava mais bonito e nublado, não dava pra ver as estrelas, muito menos o luar que geralmente iluminava todo o céu.
- a cada ano que passa o céu se desvanesce mais - murmuro e sinto o mesmo se aproximar de meu pescoço sorrindo, uma respiração pesada saia de seus lábios que me tocavam com leveza.
Ja conversei com ele antes, seria errado se acontecesse algo aqui? 
Me viro e levo o olhar ao rapaz que dava um sorriso de canto e me puxava pra perto, meus braços ja estavam ao redor do pescoço dele, era tarde demais pra pensar.
Com a musica e a conversa alta das pessoas na casa era difícil escutar a musica que tocava, mas a batida era similar aos movimentos que fazíamos quando me beijava. As mãos de Yan passeavam por meu corpo  ate que sinto um pequeno impulso que me fazia ficar em seu colo, dou um sorriso leve ao perceber que ja estávamos sentados na cama,ao longo que tudo se intensificava mais, sentia que não queria parar por ali, não era o suficiente pra mim, pra nos. 
Minhas mãos dançavam por sua blusa a desabotoando, enquanto sentia uma pressão sob minhas pernas. 
Não imaginava um presente de natal tão inesperado como esse, intenso, quem imaginaria que ele me surpreenderia tanto assim, éramos conhecidos, mas parecíamos um casal que não se via a anos, pra um ato tão casual, com tamanha intensidade e cuidado, queria me perder em sua respiração, estava navegando em algo desconhecido, me sentia tão confiante assim, os elogios me despertavam a vontade de explorar mais e tentar mais, sua mao estava entrelaçada a minha me trazia uma segurança que nunca havia sentido, após um tempo ele sorriu e repousou a cabeça em meu pescoço, não tinha nada a dizer então apenas levei a mão a seu cabelo, o que aconteceu ali só teria o mesmo valor se fosse com ele.